Transporte rodoviário nos Estados Unidos irá mudar radicalmente com os caminhões autónomos
seg, 25/03/2019 - 10:43
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Um novo relatório da McKinsey & Company, uma empresa de consultoria de gestão que atua a nível mundial, prevê que, em pouco mais de uma década, caminhões completamente autónomos irão operar nas rotas regulares norte-americanas, trazendo benefícios significativos para a indústria dos transportes rodoviários.

Não obstante, o relatório da McKinsey & Company afirma que os caminhões autónomos estão prestes a mudar esta visão. Considere, a título de exemplo, o caso de empresas como a Budweiser que utilizaram caminhões completamente autónomos para fazer entregas de cerveja ou acordos comerciais já firmados e assinados entre as empresas para atuarem em conjunto e beneficiarem das operações com caminhões autónomos. Atualmente, os sistemas operativos autónomos básicos custam entre 30 000 $ e 100 000 $, revelam os autores do relatório.
As operações iniciais com caminhões autónomos já se encontram nas suas fases embrionárias e o relatório prevê que a curva de adoção geral terá lugar em quatro grandes fases, que começaram em 2018 e deverão continuar até 2027. Cada onda irá baixar o custo total de propriedade (CTP) dos operadores - apenas um pouco ao início, mas bastante mais tarde.

Primeira fase (2018-2020)
Iniciada em 2018, com dois comboios de caminhões e condutores que operam cada veículo com automatização de Nível 3. Até 2020, os caminhões autónomos (CA) serão levados para a estrada para testar a vantagem da aerodinâmica e as subsequentes poupanças de combustível e deverão reduzir os custos operacionais totais por cada caminhão numa frota em aproximadamente 1%.
“Os comboios ligados irão desenvolver algoritmos operacionais e as redes de comunicação entre veículos serão aperfeiçoadas e ampliadas, levando à segunda onda do desenvolvimento de caminhões autónomos por volta de 2022”, declara o relatório.
Segunda fase (2022-2025)
Nas autoestradas interestatais, um comboio de caminhões sem condutor entrará em funcionamento, estando apenas um condutor no caminhão principal, seguido de caminhões desocupados. Após a saída da autoestrada, os condutores irão assumir novamente o controlo de cada caminhão. De acordo com o relatório, as operações autónomas nesta fase podem proporcionar poupanças de combustível e de mão-de-obra, reduzindo o CTP em mais 10%. As poupanças irão depender da proporção de autoestradas e vias rápidas na rota.
Terceira fase (2025-2027)
O relatório prevê que, dentro de cinco a sete anos, a autonomia condicionada (a SAE* International denomina esta autonomia de Nível 4) será normal. Ou seja, caminhões autónomos desocupados a operar em todos os segmentos das autoestradas interestatais e áreas geograficamente delimitadas (sujeitos a condições climáticas e de visibilidade), mais desenvolvimentos nas infraestruturas, como a capacidade de comunicar com os semáforos. Nesta fase de tecnologia autónoma, os condutores de desenvolvimento encontrarão os caminhões nas saídas das interestatais e noutras áreas para conduzi-los em condições de tráfego mais dinâmicas para os seus destinos finais. Segundo o relatório, esta tecnologia de “autonomia condicionada” deverá atingir economias totais de aproximadamente 20%.
Quarta fase (2027+)
O relatório da McKinsey and Company prevê que, em 2027, os caminhões completamente autónomos (a SAE International descreve esta autonomia de Nível 5) começarão a circular na estrada, trabalhando em toda a sua escala operacional sem qualquer interação humana e as frotas terão uma impressionante redução de 45% nos custos operacionais totais por um caminhão individual, em comparação com os valores atuais.
No entanto, mesmo nesta fase, ainda serão precisos muitos anos até que a frota autónoma afaste completamente os seus antecessores não autónomos.
*Society of Automotive Engineers
Fonte: Trucking Info
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